Feridas da alma

O amor é desse males ao qual não devemos buscar a cura

É uma dessas contradições que a vida costuma nos destinar

Dele retiramos o prazer,

conhecemos o desejo,

e desenvolvemos as emoções...

Nele reconhecemos as impurezas do outro,

perdemos a inocência,

exercitamos a crueldade...

Amando nossos pés mal tocam o chão,

a cabeça vive nas nuvens,

em teu rosto mal cabe o sorriso,

o brilho de teu olhar ofusca até o sol,

tua voz sussurra nos ouvidos do coração amado

tua pele é desejo

tua cama é prazer

tua vida é a melhor

tuas promessas são para a eternidade...

Mas quando o fogo do amor encontra na rotina

um balde de água fria,

teu corpo é brutalmente jogado ao chão

a realidade te estrangula

uma tonelada cai sobre tua cabeça a cada segundo

teus olhos cegam de raiva e decepção

teu corpo treme de aversão

tua casa desaba,

tua vida escorre pelo meio fio

e transformasse em lama diante de ti

O delicado som do amor transformasse em confusão

tua voz troveja a cada tentativa de dialogo

teus gestos são agressivos

tua face transtornada

Na dor recolhe os fragmentos do coração

Te sentes atraiçoada pela vida,

uma culpa incoerente lhe invade,

a realidade te encarcera,

és alvo do sofrimento e da auto-piedade...

Enxerga na solidão uma esperança de sobrevivência

em pânico roga pela morte do amor

a beleza te incomoda,

o simples te intriga,

desejas fechar pela perpetuidade teu coração...

Porem como já citei anteriormente,

o amor é desse males ao qual não devemos buscar a cura,

pois mesmo diante da chaga aberta e sangrando

ou até quando já esta cicatrizada,

Ele ressurge...

Minimizando as feridas da alma,

aplacando o amargor que queima teu intimo

Debelando os problemas

iluminando teu espirito

e te fazendo pronta novamente para se entregar.

"EM CADA CORAÇÃO HÁ UMA CASA, UM SANTUÁRIO SEGURO E FORTE, PARA CURAR OS AMANTES DAS FERIDAS DO PASSADO, ATÉ UM NOVO AMOR APARECER" (RENATO RUSSO)

Por: Janna Teixeira