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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ENCONTROS NOS DESENCONTROS



Somos milhares de corações trafegando nas ruas
Sentimentos diversos, desejos que não se encontram
Homens e mulheres absorvidos pela rotina
Olhares que, por uma questão de segundos,
pedem socorro ao desconhecido

E assim, como ser humano perdido
Tomado pelo frenesi do cotidiano
Quase deixei o amor escapar...

-Quantas vezes cruzei teu caminho
Te segui, sem a intenção de te perseguir
Sentei ao teu lado, senti teu cheiro
Me encantei, sem perceber que estava seduzido
Por quantas manhãs e tardes dividimos o mesmo elevador
Trocamos cordialidade,
Eu encobrindo pensamentos,
Abafando o palpitar descontrolado do coração,
Acobertando desajeitado os arrepios, 
Arrancados a cada leve toque casual em tua pele

Por quantas dezenas de noites deitei solitário
Mesmo estando secretamente apaixonado
Sonhando de olhos fechados ou abertos
Procurando deter-me diante de tanta emoção
Ao te ver perfeitamente linda, 
a cada novo raiar do dia

Éramos como grãos na multidão
Um par que não parecia perfeito
Realidades que não coincidiam
Mundos que mesmo dividindo o mesmo cenário,
eram diferentes.

Mas para o amor as fronteiras da sociedade
não oferecem resistência
As diferenças caem, e assim foi
Pois bastou um encontro mais demorado no olhar,
algo mais do que um mero bom dia,
um sorriso de canto, 
no lugar de lábios que se moviam automaticamente
Para que aqueles caminhos diferentes,
No destino se cruzassem
Cedendo aos desencontros da vida
Para se encontrarem diante do amor...

E assim, de mãos dadas, a partir desse dia
rompemos apaixonados a multidão
Com pensamentos interligados
Corações enlaçados
Desafiando as mais destrutivas e invejosas,
Opiniões...


 "A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO, EMBORA HAJA TANTOS DESENCONTROS PELA VIDA"
(VINICIUS DE MORAES)

Por: Janna Teixeira

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