Seguidores

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Renato Russo - O filho da Revolução


Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo foi um grande cantor, compositor, poeta e pensador brasileiro. Carioca, nascido no dia 27 de março de 1960, morreu ao 36 anos, no dia 11 de outubro de 1996 em decorrência de complicações causadas pela AIDS, na ocasião ele estava com 45 quilos e apesar de ser soropositivo a sete anos, nunca declarou-se ao público como portador da doença.
Após quatro anos como integrante da banda Aborto Elétrico, em 1982, Renato passa a apresentar-se como um Trovador Solitário; no entanto essa fase dura pouco, pois do encontro com Marcelo Bonfá, Paulo Guimarães e Eduardo Paraná surge o grupo Legião Urbana. Que logo após a uma apresentação no festival Rock no parque, os integrantes Paulo e Eduardo desligam-se da banda. Ico Ouro-Preto seria o próximo guitarrista, substituído por Dado Villa-Lobos em março de 1983.
E com esta formação, a banda que nasceu para marcar o cenário musical brasileiro juntamente com o Titãs, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho; conquista a juventude, com suas letras que variavam entre críticas contundentes ao país (que ainda estava sob o regime de uma ditadura militar) e marcantes canções de amor.
E assim a história do legião Urbana e de Renato Russo passam a se confundir. 
O Renato - Russo (pela influência recebida do filósofo Jean-Jacques Rousseau) nos oferecia em suas composições um misto dos sentimentos que vivia: alegria e tristeza, encontros e despedidas, dúvidas da adolescência e certezas de suas escolhas. Sua bissexualidade, o envolvimento com drogas e a política também foram colocados em suas letras.
Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo, Que país é este?, Será, Ainda é cedo, Tempo perdido, Pais e filhos... dentre tantas outras composições, representaram momentos para muitos, passando a fazer parte da vida e influenciando a formação de muitos jovens.
Este grande artista colocou-se dentro da música como um imortal, soube compor de maneira única suas letras, e vem mantendo-se eterno nos corações daqueles que viveram os anos de existência da banda,  tanto quanto aos que posteriormente descobriram sua obra.





Teatro Dos Vampiros

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto
Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos

Esse é o nosso mundo
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos

Vamos sair
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão
Procurando emprego
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas
Vamos lá tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
Esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar

Quando me vi tendo de viver
Comigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito
Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo e não consegui dormir
Vamos sair
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos estão
Procurando emprego
Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa envelhecemos dez semanas
Vamos lá tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário