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terça-feira, 26 de junho de 2012

RASCUNHO DE UM DESABAFO...



Tem um enorme abismo se abrindo dentro do meu ser
sinto meu coração sendo esmagado pela incompreensão
Por que será que o amor de sentimento tão grandioso, 
tende a tornar-se dor com um displicente gesto...

Estou caminhando sobre o fio que separa o hoje, do amanhã...

De um lado estão as lembranças de anos juntos
todo o bem que me fez esse amor
e todo o mal que os seus ciúmes me mostrou,
tudo que idealizei e ele me retirou...

Do outro lado desta imaginária linha estão os dias futuros,
vejo minhas lágrimas, vejo dor, 
vejo o ódio tentando contaminar minhas emoções...
estarei só, mas estarei comigo...
não terei seu amor, mas terei o meu amor por mim...
os ponteiros do relógio girarão, o tempo fará sua parte
e o adeus se tornará apenas uma vaga lembrança 
vejo que voltarei a sorrir e a caminhar,
vejo que a vida abrirá novas portas para mim,
e que perceberei que eu não era parte de você,
que você não veio a mim para somar,
que a seu lado eu era uma sombra,
uma marionetes, manipulada para fazer o que lhe convinha,
que despudorada você me tomou a esperança,
controlou minha alegria, 
impôs limites para os sonhos,
e destruiu com palavras o meu amor...

Ainda estou andando lentamente,
sobre a linha que divide o tempo
estou cansada... 
carrego comigo o fardo da desilusão,
estou decepcionada, descrente,
tomada pela tristeza, pela covardia
e com medo de passar para o outro lado
de ultrapassar esse limite,
de virar a página, 
de sofrer, mesmo estando sofrendo agora...
Sua intolerância me empurra para o outro lado,
e minha falta de amor por mim,
quer me manter aqui...



"DESPEDIR-SE DE UM AMOR É DESPEDIR-SE DE SI MESMO. É O ARREMATE DE UMA HISTÓRIA QUE TERMINOU, EXTERNAMENTE, SEM NOSSA CONCORDÂNCIA, MAS QUE PRECISA TAMBÉM SAIR DE DENTRO DA GENTE." (MARTHA MEDEIROS)

Por: Janna Teixeira






8 comentários:

  1. Poema bonito e reflexivo, Janna. Quando o amor vira obsessão há estragos em todos os sentidos. Esse sentimento é maravilhoso, mas desde que seja correspondido, caso contrário há sofrimento e muitos 'feridas'. E quando simplesmente acaba em só uma parte, fica difícil a outra não se magoar. Bjs

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    1. essas foram as palavras de um mal dia... um daqueles que magoam e doem profundamente, mas que passam e, que de certa forma, servem como um aprendizado para o amanhã...
      Bjocas...

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  2. Oi Janna.
    Peço desculpa de não passar por aqui mais vezes. Me desculpa mas tenho outras atividades e o tempo corre velozmente.
    Como eu lhe disse no outro comentário eu não compreendo muito de poesia. Mas a sua eu compreendo muito bem. Algumas passagens deste poema dão até vontade de chorar. É mesmo assim. Quando os dois "não cantam a mesma canção", inevitavelmente, um deles sai sempre perdendo e sofrendo. Mas a vida continua o seu ritmo normal sem se importar com aqueles que ficam para trás. Não é fácil. Como diz o Sérgio Santos "fica difícil a outra não se magoar." É difícil mas temos de encontrar coragem dentro de nós.
    Beijinhos.

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    1. Oi Mary, que bom poder passar novamente por aqui... Meus textos são um reflexo da minha alma, é o que gostaria de gritar para o mundo... minhas alegrias, paixões, dores, dúvidas, medos e decepções...
      te espero mais vezes...
      bjs

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  3. É tristemente belo seu desabafo... Se isso for possível!

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    1. É um incrível absurdo Michele, mas há beleza na dor...
      muito obrigada pela visita, espero te rever em breve!
      um forte abraço!

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  4. Lindo poema amiga
    sem m+ comentários ....

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    1. Oi Cintia recebi seu convite estou muito feliz por tê-lo recebido...
      Fico grata pela visita e o respeito por meu trabalho...
      kisses

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